Um certo dia, estava saindo do prédio, onde tinha renovado minha carteira de passe estudantil (eu ando de ônibus) quando uma chuva brutal começou a cair. Eu precisava chegar à faculdade que ficava no outro lado da cidade. Não tinha como sair dali sem me molhar.
Além disso, eu não tinha levado guarda-chuva. Os mais prevenidos dirão que, nessa época do ano, sempre é bom andar com um guarda-chuva ou uma capa, para evitar problemas assim. Mas eu não esperava que chovesse, ou até esperava, mas achei que já estaria no meu destino, não precisando passar por esses apuros.
Resolvo, então, comprar um guarda-chuva do vendedor que estava à porta do prédio. Quanto dinheiro ele não deve ter ganhado naquele dia. Um pequeno aglomerado de pessoas se amontoava ali na saída, mas todos receosos de enfrentar a forte chuva que caía. Alguns, mais apressados, pegavam um guarda-chuva e seguiam viagem. Uma pequenina parte corria para fora, mesmo sem nada para proteger. Já a maioria, permanecia inerte, desejosos que a nuvem negra se dissipasse e permitisse que elas voltassem para seus afazeres.
Eu não poderia me dar o luxo de ficar ali parado até o fim da chuva. Precisava ir para a faculdade naquele momento, pois o professor tinha marcado um questionário oral, e tudo indicava que eu iria ser chamado para responder as questões que ele tinha elaborado naquela tarde. Comprei o guarda-chuva e fui para
baixo d’água, na direção do terminal de ônibus. [...]
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