sábado, 6 de abril de 2013

Chovendo - Uma Crônica (parte 2)

[Continuação da crônica, parte 1)
Eu não poderia me dar o luxo de ficar ali parado até o fim da chuva. Precisava ir para a faculdade naquele momento, pois o professor tinha marcado um trabalho oral, e tudo indicava que eu iria ser chamado para responder as questões que ele tinha elaborado naquela tarde. Comprei o guarda-chuva e fui para baixo d’água, na direção do terminal de ônibus.

Por maior que fosse o guarda-chuva, não havia como proteger meus pés da água que corria pelas ruas, ou proteger a calça, que molhava por conta dos pingos em diagonal ocasionados pelo forte vento.

Finalmente cheguei ao terminal para pegar o ônibus. Somente nesse momento retirei a etiqueta do guarda-chuva e procurei um cesto de lixo para jogar o papel. Não encontrei. Em nenhuma plataforma. As lixeiras foram retiradas para que o local passasse por uma reforma, mas, mesmo tendo finalizado a reforma, ainda não tinham disponibilizado um local para jogar o papel, a casca do bombom, a lata de refrigerante vazia. Enfim, o lixo produzido pelas milhares de pessoas que transitam pelo terminal de ônibus. Um descabimento sem tamanho.

Logicamente não joguei o papel no chão. Coloquei a etiqueta amassada no bolso e embarquei no meu ônibus, que havia chegado. Durante o percurso, aproveitei para ler a apostila que o professor tinha passado. Eu tinha que acertar três perguntas orais para garantir a pontuação máxima do trabalho. [...]

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